sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Câmbio dualogic. Problemas, cuidado!

Fuck Fiat, isso é que é acreditar no produto!

Complementando o último post sobre os câmbios automatizados, trago dois vídeos mostrando alguns casos de problemas com os câmbios dualogic. Esses câmbios são feitos com o respeito que as fabricantes acreditam que o otário consumidor brasileiro merece: nenhum.

Imagine você comprar um carro zero e com menos de 70 mil quilômetros rodados ter uma despesa de mais de R$ 2.000,00 para consertar um defeito no câmbio dualogic?

Pense bem antes de comprar! Não caia no marketing babaca que ilude os consumidores, pesquise e compre um bom carro, do contrário, veja o que pode te acontecer:


Problemas, preço alto das peças dos câmbios Dualogic.


Uma das peças problemáticas dos dualogic





sábado, 14 de julho de 2012

Câmbios I-Motion e Dualogic. Marketing bem feito, produto não.

Câmbio automático "de verdade"

O câmbio automático no Brasil ainda é um item de luxo, oferecido até bem pouco tempo apenas em carros mais caros. Aliás, qualquer coisa que não seja banco, roda e volante, aqui por estas terras é considerado um item de luxo.

Especificamente falando do câmbio automático, grande parte da culpa de não termos esse acessório difundido em mais modelos é do próprio brasileiro, um povo que pouco se informa e gosta de levar crendices e situações antigas de problemas por décadas a fio. Algumas lendas que existem na cabeça das pessoas até hoje:

- Carro automático gasta muito combustível
- O conserto é caríssimo
- É carro de velho

E a que mais gosto, a síndrome de Ayrton Senna:

- Carro automático é para bobão, eu gosto é de "cambiar", sou piloto, gosto de ter controle das trocas de marchas.

A verdade é que há muitos anos os câmbios automáticos vem evoluindo, pouco se perde em consumo de combustível hoje em dia e pra quem sabe pisar corretamente no acelerador, um carro com câmbio automático é até mais econômico que sua versão com câmbio manual.

O medo da manutenção também não se justifica, um câmbio automático é feito para durar mais que a própria vida útil do motor, além disso, você não tem nenhuma manutenção com troca de peças programada em sua vida útil, apenas é necessário trocar o fluído em intervalos muito grandes de quilometragem. Algumas montadoras já vendem modelos que não necessitam sequer dessa troca, são os fluídos "lifetime". Já em um carro com câmbio manual, você terá que arcar com o custo de uma troca de embreagem, que não é nada barato também. Você só gastará dinheiro com câmbio automático se realmente não cuidar, deixando de trocar o fluído quando necessário. A troca do fluído é muito mais barata que a troca de embreagem de um carro normal.

Ponto. Até aqui eu estava falando de câmbios automáticos de verdade, que equipam carros como: Corolla, Civic, Vectra, Fusion, Focus e para não ficar só nos médios: Kia Picanto, Citroen C3, Peugeot 207, Fit e pasmem: Sandero e Logan, parabéns para a Renault, que apesar de fazer carros tão feios, presenteou-lhes com um bom câmbio.

Esses carros são equipados com câmbios automáticos "tradicionais", que fazem troca de marchas com muito conforto e requerem manutenção quase zero. É o tipo de câmbio que equipa mais de 90% dos carros nos EUA e Japão.

De uns tempos pra cá, com o aumento agressivo no trânsito das capitais brasileiras, a procura por câmbios automáticos vem aumentando, pois não há quem aguente ficar "pedalando" o carro em meio a congestionamento, trocando de marchas freneticamente. Aliás, esse é o tema do mais recente comercial da Volkswagen para promover o seu "câmbio automático".

"...pisar no pedal da embreagem 4 mil vezes por semana..."


Essa introdução toda é só para mostrar o que estão tentando te esconder: os câmbios automatizados, vendidos como algo muito superior.

Na verdade um câmbio automatizado vendido no Brasil é exatamente o mesmo que existe em um carro manual: uma caixa simples, que depende de um pisão na embreagem e um tapa na alavanca de câmbio para que se mude a marcha. A diferença é que existem dois robozinhos escondidos debaixo do capô, um aperta a embreagem e o outro muda a marcha, controlados eletronicamente. Daí o motivo de algumas vezes este câmbio ser chamado também de robotizado.

Nos países de primeiro mundo, já existe uma versão bem mais moderna deste tipo de câmbio, que são os automatizados de dupla embreagem, muito eficientes, até mais eficientes que os câmbios automáticos tradicionais.

Infelizmente, você que mora no Brasil e adora pagar caro em tudo, te empurram a primeira geração desse tipo de câmbio, são os que conhecemos aqui como I-Motion (Volkswagen), Dualogic (Fiat) e Easytronic (Chevrolet), o terceiro é o pior e mais problemático deles. São nomes bonitinhos para câmbios ruins, investem no marketing grande parte do que poderiam ter investido no produto, a sobra vira lucro para montadoras e prejuízo para você, consumidor.

Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras, um vídeo então vale quantas? Abaixo dois vídeos comparando o câmbio automatizado da Volkswagen vendido no Brasil (de embreagem simples igualzinho o do carro manual) e o moderno automatizado de dupla embreagem vendido pela mesma marca, nos países de primeiro mundo:


Polo brasileiro I-Motion: trocas lentas, especialmente na primeira marcha

Polo europeu: com câmbio DSG, as trocas lembram a de um carro de corrida


O duro é saber que pagamos bem mais caro num produto muito pior. A esperança é que este seja o primeiro tropeço passo para que em breve venham os câmbios automáticos de verdade ou automatizados de dupla embreagem. O público exigir um câmbio melhor, já será de grande valia.


quinta-feira, 21 de junho de 2012

Kia Picanto - vítima de um Brasil cruel


Pode não parecer, mas já faz seis anos que o Kia Caralhanto Picanto chegou ao mercado brasileiro. A sua primeira versão, em 2006, sofria de um caso raro de feiura agúda. O projeto ainda fazia parte da antiga geração de carros da Kia, onde o design não estava nas prioridades da fabricante.

Elegeram o mesmo designer da Kia BESTA para fazer o desenho do Picanto.

Em 2008, ele passou por um ajuste no desenho sem alterações do projeto em si, o famoso facelift. Como uma mulher feia que vai ao melhor salão de beleza do bairro, o carro melhorou bem, mas não tinha como esconder a feiura por baixo da maquiagem. Era possível perceber suas linhas quadradas, quase uma "mini-besta". Mesmo assim, por seus bons atributos, o carro teve um fluxo constante de vendas até 2011, época em que chegaria a nova geração 2012.


O Picanto na prática era um carro 1.0 com conteúdo e equipamentos de um Civic ou Corolla. Quem tinha o carro só elogiava. Era muito superior aos carros 1.0 nacionais, contando até com cambio automático como opcional, mas não se destacava em vendas pelo seu preço e principalmente pelo design ruim. Nos primeiros anos, a pouca popularidade da Kia também influenciava no número discreto de vendas.

Facelift no Picanto 2008, viu como melhorou? Acho que não, né?

No segundo semestre de 2011, uma legião de interessados já se aglomerava em fóruns pela internet, querendo saber sobre a nova geração do Picanto que chegaria em breve. Dessa vez sim, um desenho completamente inovador até para a categoria, um carro bonito, com um design que posteriormente viria a ganhar prêmios na europa.

A expectativa era muito boa, finalmente o carrinho da Kia iria deslanchar. Havia no ar a preocupação sobre o preço que o carro seria comercializado. Era bonito demais para ser vendido no preço do Picanto atual. Para a surpresa de todos, o carro não chegou tão mais caro, a Kia anunciava uma diferença de cerca de R$ 2.000,00. Nada mal pela novidade, deixando de lado o fato de que qualquer carro no Brasil é muito caro.

Quando tudo parecia muito bom, na verdade estava tudo certo pra dar merda errado, a ganância do homem reservou capítulos nessa história, para matar o sucesso do carro pela raíz.

Kia-azar!

O primeiro vilão da história foi a própria Kia e seus concessionários. Percebendo a grande procura pelo veículo logo que começaram as vendas, todas as lojas da Kia pediam R$ 4.000 ou R$ 5.000 a mais do que estava sendo anúnciado nas propagandas. Tinha desculpa do frete, taxa do porto (pois o carro é importado), taxa do café, taxa de novidade, enfim, várias desculpas para aplicar ágio sobre o preço do carrinho. Alguns clientes que queriam parecer mais inteligentes e modernos que seus vizinhos de condomínio aceitaram pagar o preço bem mais alto e outros até entraram na fila esperando nova remessa de importação.

A Kia tratando seus clientes como lixo, tornava impossível negociar o preço e muito menos fazer test-drive no veículo. Não existiam unidades disponíveis para test-drive. Quer comprar? Compra. Não quer? Algum trouxa vai comprar e pagar bem caro. A taxa TBB (taxa babaca brasileiro) estava sendo aplicada.

Brasil, um país de tolos

A tendência natural é que a procura diminuísse nos primeiros seis meses, quando o carro não fosse mais novidade e os preços se ajustariam para um valor mais "justo". É bem aqui que fomos surpreendidos novamente.

Devido ao sucesso que as marcas importadas estavam fazendo no Brasil (entregando mais conteúdo por um preço ligeiramente menor), o governo brasileiro resolveu acabar com a festa gringa, criando complicadas e burocráticas regras no IPI, o que beneficiou as fabricantes nacionais e prejudicou as fabricantes de fora do país, aumentando muito o preço do carro importado.

Brasil, um país de tolos. Do Picanto ficamos apenas com a PICA.

Esse foi o segundo golpe que o Picanto sofreu em menos de 3 meses de seu lançamento. Com o preço bem mais alto por conta de imposto, a Kia precisou reduzir um pouco a sua ganância, mas já era tarde demais. O carro que tinha tudo para ser sucesso continua até hoje com vendas pouco expressivas e custando muito caro. O primeiro ano de vendas é muito importante para ajudar no sucesso de um carro, se as vendas emplacam enquanto o carro é novidade há maiores chances do produto se consolidar no mercado.

Será que ainda existe esperança para a pobre vítima? Seria muito bom ver menos Ka, Celta, Palio, Uno, Gol, Clio, Fiesta e um pouco mais de Peniscanto Picanto nas ruas.


domingo, 19 de fevereiro de 2012

Chevrolet Agile: o Corsa dos tolos

Que desenho mais empolgante...

Em meados de 2009, depois de alguns anos convivendo com a segunda (e atual) geração do Corsa e já cansado de ver as belas fotos do Opel Corsa lá na Europa, imaginava que a GM pudesse trazer ao Brasil (mesmo que depenado e atrasado) a última geração do Corsa.

Mas como um cachorro de porta de bar, que toma chute sem entender o porquê, vi surgir o carro mais feio que a GM poderia fazer até então: o Agile. Que nome para um carro que nada tem de apelo esportivo, não?

Se a feiura fosse seu maior ponto fraco, até que não estaríamos tão mal, mas como o cachorro na porta do bar, depois do chute vem as pedradas.

Um carro que veio para substituir a segunda geração do Corsa foi construído sobre a plataforma do Celta, ou seja, a mesma base do primeiro Corsa, lá de 1994. Em vez de evoluir, o carro andou uma geração pra trás. Nada demais se fosse vendido de forma honesta, como um carro barato e competitivo, mas tentaram empurrá-lo goela abaixo do consumidor, como sendo um carro melhor que o Corsa.

E isso tinha um motivo, aliás dois:

- A GM amerícana estava quebrada em 2009. Sim, quebrada, falida. Tanto que o governo americano comprou 60% de suas ações. Ela precisava de um carro que fosse de baixíssimo custo de produção. O Agile foi criado usando plataforma e motores já muito conhecidos. Fizeram aquele omelete com o que sobrou na geladeira, porém colocam num prato bonito e vendem caro.

- O brasileiro seria facilmente iludido com essa "novidade". Se a propaganda no intervalo da novela falou que é novo e é "do bom", tá falado! Bora pegar um novo carnê na concessionária. E na hora que chegar em casa, contar vantagens para o vizinho, dono do Corsa. Mal sabem que o Corsa (atual) é bem melhor que o Agile, seu sucessor.

Passados três anos de seu lançamento, para nossa sorte, seu sucesso não foi tão grande quanto a GM esperava. Ele luta para ficar entre os dez carro mais vendidos. Ainda assim, é muito mais vendas do que merece.

E eu já ia esquecendo, pior que o Agile é a "nova" Montana. Tiveram a cara de pau de aproveitar o nome Montana e fazer um carro tão horrível, até mais feio que o Agile, tanto que ficou conhecido como Monstrana. Pelo menos é a menos vendida entre as pick-ups pequenas.

Ponto forte da "Monstrana":  ser mais feia que o Agile


A verdade é que a GM ainda vive na inércia do seu sucesso da década de 80 e 90. Mas nos últimos anos parece que o embalo está acabando. O ano de 2012 será marcado pela renovação de boa parte da linha da GM: Cruze, Colbat e S10 já estão na área. Vamos torcer para que venham modelos mais honestos e com preços mais justos.

Pra fechar, um consumidor doido da vida, com a merda de seu Agile:



sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Brasil Colônia: Ford Fiesta

O consumidor brasileiro não é levado a sério. O Fiesta nacional está tão "remendado" que a foto parece montagem.

O Brasil é o mercado de ouro para as montadoras de automóveis: produtos defasados vendidos por preços exorbitantes. Os executivos das montadoras, que aqui comercializam seus veículos, devem sentir-se como se ganhassem na loteria, todos os dias.

O exemplo de hoje é o Ford Fiesta. O carro começou a ser vendido aqui em meados de 1995, ainda importado. Nacionalizado no ano seguinte, ganhou mais duas gerações, um facelift na primeira e dois na segunda.

Fiesta e suas versões. Os facelifts de 2008 e 2011, ao que parece, foram feitos por estagiários.

Na figura acima, talvez o leitor perceba que está faltando um carro, que é o "New" Fiesta. Na verdade, é o modelo que foi lançado na europa em 2008, ou seja, já se passaram 4 anos.


A Ford quer que você o veja assim, desvinculado das outras gerações. O que em outros países foi uma evolução natural do modelo, no Brasil, querem te convencer que é um outro carro, um "new" Fiesta. Querem que você o compre como se fosse de uma categoria superior e isso tem um preço, bem alto (a versão hatch começa em R$ 48.950,00 segundo o site da Ford).

Não que o carro não seja completamente novo, mas a questão é que ele deveria substituir o Fiesta atual e não coexistir. Essa moda já é antiga no Brasil, já aconteceu inclusive na mudança do Fiesta 1997~2003 para o modelo 2003~2011.

A Ford vai tentar espremer essa laranja até a última gota e só a partir daí vai baixar os preços e tirar o velho Fiesta, finalmente, de linha.

Cabe a você, consumidor, fazer a sua parte. Evite comprar este Fiesta até que o preço dele seja razoável. A Ford na última semana já anunciou redução de preços tanto do Fiesta 2011 gringo, quanto do fiesta 2011 para brasileiros. Não deixe que a laranja a ser espremida seja a sua.

A questão é dar valor ao seu dinheiro. Mesmo que você tenha cinquenta mil reais para comprar este carro à vista, não deveria comprá-lo.

Você estará aceitando pagar a TBB (taxa babaca brasileiro), engordando ainda mais o cofre das montadoras, e sabe o que vai acontecer? Vão investir num novo projeto lá na europa, e bem... é só reler o post, adicionando seis anos nas datas.


sábado, 21 de janeiro de 2012

Arigato ou "Arigateau"? Nissan March e o motor francês

A propaganda da Nissan diz: Agora todo mundo pode ter um carro japonês. Será mesmo?

Depois que Civic e Corolla ganharam fama de serem inquebráveis e econômicos, no final da década de 90 e início dos 2000, aqui no Brasil, todo dono de automóvel mais bem informado sonha em ter um carro de olhos puxados. Eis que a Nissan traz o primeiro "carro popular francês japonês" para o Brasil.

Confesso que fiquei entusiasmado ao saber que teria a opção de comprar um carro japonês e pagar menos de R$ 60.000,00 por isso. Porém, quando comecei a levantar a ficha do Nissan March, logo bateu um desânimo: motores 1.0 e 1.6, sendo o 1.0 francês, resultado da parceria Renault/Nissan. Vou comentar apenas sobre o 1.0, que representará maior parte das vendas.

Acredito que 80% do sucesso de Civic e Corolla deve-se aos seus excelentes motores. Geralmente de litragem abaixo de 2.0, sempre foram econômicos, potentes e de baixíssima manutenção. Todo o restante do carro (acabamento, design, equipamentos) era em sua essência bem básico. Quem comprava carro japonês, comprava para ter segurança, tranquilidade e economia.

Voltando ao pequeno Nissan, será que vale a pena ter um carro dito japonês com um motor francês? O leitor pode até dizer que é um carro moderno e que motores modernos não dão tanto problema. Pode até ser, mas no caso do Nissan, esse motorzinho 1.0 é o mesmo que equipou o Peugeot 206 e equipa (até hoje) o vovô Renault Clio, há mais de 10 anos. Aliás, nosso Clio nem existe mais no primeiro Mundo.

Só pra se ter uma idéia, esse motor ainda possui a famigerada correia dentada. Essa peça foi substituída nos motores modernos por correntes de metal, que eliminam a necessidade de troca periódica. A troca da correia dentada, mesmo num carro simples, pode se tornar uma verdadeira dor de cabeça.

A maioria das oficinas mecânicas não possui ferramentas adequedas para todos os modelos de motores. Muitas vezes, após o serviço de troca de correia dentada, o motor pode ficar desregulado, fora de ponto, com tensão excessiva ou insuficiente da correia, causando danos a tensionadores e rolamentos, podendo até causar quebra após troca mal feita. O custo desse tipo de serviço também não é dos mais baratos, muitas vezes ao trocar a correia, acaba-se trocando bomba d'água e tensionadores também.

Outro pepino: você pode comprar um Nissan March usado em que a troca de correia não foi efetuada na quilometragem correta. Resultado: ela pode arrebentar na sua mão. Uma correia dentada que se arrebenta pode significar um prejuízo de milhares de reais, para que seja efetuada a retífica do motor.

O simples motivo do motor deste carro ainda vir equipado com este tipo de correia, na minha opinião, já seria motivo para se evitar a compra.

Se não bastasse, o bloco do motor do March é em ferro fundido, coisa que não existe em carro japonês já faz tempo. Em Civic e Corolla só se troca o fluído de arrefecimento depois dos 150~200 mil km, graças ao bloco de alumínio. No March acredito que não vai ser assim.

Se ao menos, houvesse uma extensa lista de equipamentos, design matador e um preço muito atrativo, quem sabe? Mas não é o que acontece. O carrinho tem preço semelhante aos seus pares: Gol, Palio, Ka, Celta, Clio etc.

A propaganda da Nissan ironiza os concorrentes, insinuando que eles vendem modelos "requentados", mas lançar um carro japonês com coração francês antigo não é lá pra ser orgulhar também, certo?


Finalizando o assunto motor: Na europa o March (ou Micra como é seu nome lá) é vendido com o novíssimo motor DIG-S 1.2 de injeção direta e turbocompressor.


O leitor deve estar pensando: "E daí que o motor é um pouco ultrapassado e ele não trouxe nada de diferente dos concorrentes, pelo menos é um projeto novo, é um carro que oferece mais segurança para minha família".

E não é que fomos surpreendidos novamente?

Ele passou recentemente pelo crash test no Latin NCAP (March Brasileiro) e ganhou nota bem baixa:


E passou também pelo Euro NCAP (March Europeu) e ganhou nota bem alta:



Os nossos japoneses não eram mais inteligentes que os outros? Pelo jeito, não mais.