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O consumidor brasileiro não é levado a sério. O Fiesta nacional está tão "remendado" que a foto parece montagem. |
O Brasil é o mercado de ouro para as montadoras de automóveis: produtos defasados vendidos por preços exorbitantes. Os executivos das montadoras, que aqui comercializam seus veículos, devem sentir-se como se ganhassem na loteria, todos os dias.
O exemplo de hoje é o Ford Fiesta. O carro começou a ser vendido aqui em meados de 1995, ainda importado. Nacionalizado no ano seguinte, ganhou mais duas gerações, um facelift na primeira e dois na segunda.
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Fiesta e suas versões. Os facelifts de 2008 e 2011, ao que parece, foram feitos por estagiários. |
Na figura acima, talvez o leitor perceba que está faltando um carro, que é o "New" Fiesta. Na verdade, é o modelo que foi lançado na europa em 2008, ou seja, já se passaram 4 anos.
A Ford quer que você o veja assim, desvinculado das outras gerações. O que em outros países foi uma evolução natural do modelo, no Brasil, querem te convencer que é um outro carro, um "new" Fiesta. Querem que você o compre como se fosse de uma categoria superior e isso tem um preço, bem alto (a versão hatch começa em R$ 48.950,00 segundo o site da Ford).
Não que o carro não seja completamente novo, mas a questão é que ele deveria substituir o Fiesta atual e não coexistir. Essa moda já é antiga no Brasil, já aconteceu inclusive na mudança do Fiesta 1997~2003 para o modelo 2003~2011.
A Ford vai tentar espremer essa laranja até a última gota e só a partir daí vai baixar os preços e tirar o velho Fiesta, finalmente, de linha.
Cabe a você, consumidor, fazer a sua parte. Evite comprar este Fiesta até que o preço dele seja razoável. A Ford na última semana já anunciou redução de preços tanto do Fiesta 2011 gringo, quanto do fiesta 2011 para brasileiros. Não deixe que a laranja a ser espremida seja a sua.
A questão é dar valor ao seu dinheiro. Mesmo que você tenha cinquenta mil reais para comprar este carro à vista, não deveria comprá-lo.
Você estará aceitando pagar a TBB (taxa babaca brasileiro), engordando ainda mais o cofre das montadoras, e sabe o que vai acontecer? Vão investir num novo projeto lá na europa, e bem... é só reler o post, adicionando seis anos nas datas.